Esta postagem foi atualizada em 7 de outubro de 2023
A história da minha família é uma história de superação, coragem e fé.
Na Bulgária
No começo do século XX, os meus avós maternos eram produtores e comerciantes de verduras e legumes, possuíam uma mansão, muitas terras, plantações, representantes em várias cidades na Bulgária e uma vida tranquila e muito boa.
Porém, depois de 09/09/1944 tudo isso mudou. A Bulgária perdeu a guerra junto com Alemanha e se tornou um país comunista. O governo se apropriou de todas as terras e casas da “classe burguesa”, meu avô foi coagido com uma pistola na cabeça a assinar um documento deixando tudo que tinha para “o povo” e a minha família foi praticamente largada na rua. A minha mãe era criança na época.
As próximas décadas foram extremamente difíceis. Os meus avós lutaram para recomeçar a sua vida destruída e garantir um futuro para a minha mãe. Com muito sacrifício conseguiram construir uma casa nova e compraram o terceiro carro na cidade, um Škoda fabricado na ex – Tchecoslováquia. As repressões do governo comunista, porém não paravam, a minha mãe não teve permissão para estudar na Academia de Música em Sofia por causa do “passado burguês” da nossa família.
Um dos meus tios fugiu para o Canadá e como refugiado de regime comunista foi condenado à morte, se voltasse para a Bulgária. Foram tempos escuros e assustadores mesmo.
Eu nasci em 1968, bem na época comunista. Porém, na década de 80, quando já era adolescente, a situação era um pouco diferente. O regime comunista estava um pouco mais leve em termos de perseguição e repressão, e a vida era mais tranquila.
A minha mãe era música na Orquestra Sinfônica da nossa cidade e eu praticamente fui criado nas salas da Ópera. Consegui ingressar em um dos melhores colégios, onde os conteúdos eram ensinados em búlgaro, russo e inglês.
Após o colégio, entrei no exército onde fiquei por 2 anos e 3 meses. O exército comunista era realmente uma “escola de vida”, testando nossa capacidade de sobreviver até o extremo, suicídios e outras causas de morte não era incomum. Saí do serviço militar com título de tenente (contraespionagem nas forças terrestres) e, em seguida, entrei na mais antiga e respeitável universidade na Bulgária, a Universidade de Sofia.
Falando assim parece tudo rosa, mas eu estava extremamente triste e insatisfeito, já que numa sociedade comunista tudo é planejado sem desafios e sem oportunidades. Você só tinha um caminho na vida – estudar e depois trabalhar numa estrutura governamental, pois no comunismo ter negócio privado não era permitido.
Mas o meu sangue empreendedor, herança dos meus avós, não me deixava em paz. Eu, Ben Popov, simplesmente não conseguia imaginar uma vida de burocrata, sem desafios e oportunidades de fazer a diferença no mundo.
O tão esperado momento de liberdade chegou, em 1989 o sistema comunista quebrou e a democracia voltou após 45 anos de repressão e regras que não faziam nenhum sentido.
Mas, nada aconteceu como o esperado. O partido comunista distribuiu o dinheiro do povo entre grupos criminosos que compraram todas as indústrias, bancos, empresas usando nomes falsos ou pessoas sem importância para cobrir o roubo. A economia entrou em colapso, perdemos praticamente todos os mercados externos, a desvalorização da moeda nacional era tão alta que os preços dos produtos mudavam 3 vezes por dia.
Nos EUA
Entre 1990 e 1996 vários governos na Bulgária entravam em poder, um pior que outro, nada melhorava e eu decidi que não ia esperar mais e iria tomar conta da minha própria vida. Em 1997, consegui obter um visto para os Estados Unidos e com US$ 500 no bolso peguei o avião para “a terra das oportunidades”.
O começo foi muito difícil, cheguei até dormir escondido no Central Park em Nova York enquanto procurava um lugar para morar. Uma parte da minha família é diplomata, um dos meus tios (Lyubomir Popov) até chegou a ser Embaixador da Bulgária nos EUA na época do John F. Kennedy e depois Ministro de Exterior, mas eu não queria nenhuma proteção nem ajuda, queria provar para mim mesmo que poderia superar tudo na vida sozinho.
Assim começou a terceira parte da minha vida – após viver na Bulgária comunista e depois nos primeiros anos da Bulgária democrata estava na hora de morar num outro país, em outro continente e buscar lá o propósito da minha vida.
Fiquei nos Estados Unidos por 3 anos, até 2000. Depois de alguns meses de treinamento e adaptação, comecei a trabalhar numa empresa que tinha contratos com a Wal-Mart e outras grandes redes e escritórios em 7 estados na costa leste, e eu precisava ficar por alguns meses em cada um. Conheço bem praticamente todos estados entre Nova York e Flórida na costa e até Arkansas.
Gostava muito dos EUA, mas eu sou uma pessoa social, gosto de fazer amizades, conexões com pessoas diferentes, etc. Nos EUA, porém, isso é muito difícil, as pessoas são focadas principalmente em trabalhar e ganhar dinheiro, mas para mim a vida tem muito mais que isso a oferecer.
No Brasil
Em 2000 cheguei ao Brasil e aqui começou a minha vida no terceiro continente – América do Sul, após Europa e América do Norte.
Novo começo, nova adaptação. A cultura do Brasil é bem diferente da dos EUA e da Europa, mas é mais perto da cultura europeia – os brasileiros valorizam mais a vida social, etc.
Após avaliar várias opções de carreira e trabalho decidi aprender tudo sobre o mundo digital e montar negócios exclusivamente na Internet. Estudei Marketing Digital dia e noite por mais de um ano e os resultados chegaram, montei primeiro um site de consultoria de imigração para 5 países junto com advogados no Canadá, Austrália e Brasil. Depois, um site que recrutava pessoas no mundo todo para trabalhar nos navios de cruzeiro.
O dinheiro foi bom, mas eu queria construir um negócio maior e com melhor perspectiva de crescimento. Foi que, em 2005 nasceu BlasterPhone, a minha empresa de telecomunicações via internet.
A empresa estava focada no mercado corporativo e cresceu rápido, graças a mais de 400 distribuidores no Brasil todo e parcerias com empresas como Nimbuzz, Voxbone, Net2Phone, conquistando grandes clientes como American Airlines, Consulado Comercial da Bulgária em São Paulo, entre outros. Porém, em 2011 decidi tentar um mercado totalmente diferente e deixei a empresa para o meu irmão que também mora no Brasil. Acho que o sangue empreendedor não tem jeito mesmo…
Deixei a minha empresa de telecomunicações para entrar no mercado das Vendas Diretas, ou como é conhecido também – Marketing de Rede. Eu já tinha tido uma experiência com a minha mãe na Bulgária, nos anos 90 ela era distribuidora da Herbalife e da Oriflame.
Porém, não queria vender produtos físicos, queria continuar trabalhando no mundo virtual com produtos digitais. Um amigo da Bulgária me mostrou os produtos de vídeo marketing de uma empresa americana chamada Talk Fusion e após uma pesquisa sobre o negócio entrei e foi uma das primeiras 3 pessoas no Brasil a começar a trabalhar como distribuidor deles.
A Talk Fusion foi uma grande escola para mim, os meus mentores eram o top cheque da empresa – Julie e Minh Ho que ganharam 8 milhões de dólares e tinham uma rede de mais de 400.000 pessoas espalhada pelo mundo todo.
Aprendi muito também com os grandes nomes da indústria das Vendas Diretas – Eric Worre, Marc Accetta, Tony Robbins, Robert Kiyosaki, etc.
Após 2 anos e meio na Talk Fusion, resolvi sair e entrei numa outra empresa americana com produtos de marketing nas redes sociais que achei mais relevante para o momento no mercado. Trabalhei nela até dezembro de 2014 quando fui convidado pelo Pedro Alexandre dos Santos para atuar como Diretor de Marketing Digital da WiBOO, empresa brasileira que uni em seu modelo de negócios Fidelidade, E-Commerce e Criptomoedas.
Aceitei, estava extremamente empolgado pela grandeza, o potencial e o futuro da WiBOO. O modelo de negócio é realmente extraordinário – o usuário da WiBOO ganha criptomoedas WiBX grátis pelo seu engajamento e com esse dinheiro compra produtos ou serviços no WiBOO Shopping, oferecidos pelos anunciantes da empresa que adquiriram um espaço de publicidade digital. Excepcional, não é?
Estávamos inovando o tempo todo. Tudo isso necessitava um trabalho gigantesco que só pode ser percebido por quem está na sede da empresa em São Jose dos Campos, um verdadeiro laboratório de experiências, sugestões e muito, muito trabalho.
Fiquei executando diversas tarefas de marketing digital no WiBOO ate abril de 2016 e apesar das todas dificuldades que um Start-up encontra, continuo apaixonado pelo projeto e empolgado pelo fato de fazer parte dessa revolução social, tecnológica e comercial que ele é! Gostaria de convidar todo mundo para conhecer a WiBOO e as oportunidades de entretenimento e negócios que ela oferece!
Em janeiro de 2017 foi convidado para fazer parte da FuXion pelo meu amigo e N1 da empresa no Brasil – Andrés Postigo. O Andrés já foi Diretor do Comitê de Marketing Multinível da ABEVD, ou seja, tem uma experiência e conhecimento gigantesco desse mercado.
Junto com Andrés construímos as primeiras equipes da FuXion no Brasil.
Em junho de 2018, Andrés decidiu de abrir sua própria empresa de nutracêuticos – Bee Better, que também tinha como forma de distribuição o Marketing Multinível. Ele me convidou para lidar a construção da rede da nova empresa no nível nacional e internacional.
Após um ano na Bee Better, sai da empresa para continuar os meus trabalhos como Consultor e Estrategista de Marketing Digital, Criptoativos e Blockchain para empresas, empreendedores e investidores.
Em 2021 transformei a minha Mentoria em Criptoativos, que existia desde 2019 e tinha ajudado mais de 180 investidores, em Consultoria de Investimentos em Criptoativos.
A consultoria oferece mentoria em criptoativos, curso sobre criptomoedas e blockchain, sala de sinais, carteiras com alto potencial de lucro e muito mais.
A minha jornada pela vida continua!
“A sorte favorece só à mente preparada.” – Isaac Asimov
Rosen Plevneliev, Presidente da República da Bulgária, em São Paulo (02/2016)